Uma jovem de 19 anos está desaparecida há mais de um mês no distrito de Coqueiral, em Nobres, a 151 km de Cuiabá. De acordo com a família, Luana Lemes de Almeida foi vista pela última vez após sair de casa por volta de 14h, no dia 27 de janeiro, depois que saiu para comprar um chip de telefone.
De acordo com o boletim de ocorrência, Luana saiu de casa para comprar um chip e depois iria para a casa da avó.
O pai disse à polícia o último contato que a família teve com a filha por mensagem, quando ela disse “estou indo”, porém, não foi para a casa da avó dela, em Rosário Oeste, e nem voltou para casa dela, no distrito de Nobres.
Segundo testemunhas do bar, onde a jovem passou, Luana ficou por um tempo e logo depois saiu.
A Polícia Civil continua interrogando pessoas próximas à adolescente e segue pistas que chegam por denúncias anônimas.
Durante entrevista concedida à imprensa neste sábado, 19, o prefeito José Domingos reconheceu que o Hospital Laura de Vicuña vem realizando atendimentos à população, mas reforçou a necessidade de comprovação documental dos serviços prestados para que a Prefeitura possa efetuar pagamentos e renovar o contrato com a unidade.
Segundo Zé Domingos, a Prefeitura não pode dizer que não irá reconhecer as dívidas pendentes entre o Município e o Hospital Laura de Vicuña. O prefeito explicou que, embora os atendimentos continuem sendo realizados, a gestão não pode efetuar nenhum repasse sem o devido reconhecimento formal das despesas, uma vez que “a direção do hospital encaminhou notas que já foram pagas na primeira quinzena de fevereiro” e que “por esta razão todas as notas passarão por uma análise da comissão da Secretaria Municipal de Saúde”.
“Entendemos que a população continua sendo atendida, mas, por se tratar de dinheiro público, não podemos realizar pagamentos sem comprovação. Foi criada uma comissão especial e, na segunda-feira passada, a direção do hospital apresentou várias notas fiscais — inclusive algumas já pagas na primeira quinzena de fevereiro. Essas notas foram devolvidas e estão sendo reenviadas. Caso os serviços sejam confirmados, com certeza faremos o pagamento”, explicou o prefeito.
Zé Domingos revelou ainda que desde a segunda semana de fevereiro o hospital está sem contrato vigente com o município. Apesar disso, a Prefeitura continua em diálogo para formalizar um novo acordo, desde que todos os critérios legais sejam cumpridos, incluindo todas as certidões necessárias para o funcionamento.
O prefeito também criticou a direção do hospital por não ter agilizado todos os trâmites legais com a Procuradoria do Município e segundo ele, isso atrasou o processo de compactuação e renovação contratual.
“A direção do hospital sabe como funciona, o diretor já foi Procurador do Município, mas, ao mesmo tempo, parece desconhecer os trâmites”, pontuou.
Outro ponto destacado por Zé Domingos foi a ausência de parcerias por parte do hospital.
“O hospital é particular, não pode sobreviver 100% com recursos públicos transferidos pelo Município. Nem o próprio Município sobrevive apenas com FPM (Fundo de Partipação dos Municípios). É preciso buscar arrecadação própria, emendas parlamentares, projetos federais. O hospital não aderiu ao projeto Fila Zero, não tem parceria com consórcio nem com o setor privado. Praticamente 100% dos recursos que movimenta são públicos”, criticou o gestor.
Ainda segundo o prefeito, “o hospital precisa disponibilizar uma plataforma de dados sobre os atendimentos realizados — uma exigência contratual que ainda não foi cumprida. Além disso, todas as certidões exigidas pela Prefeitura devem ser entregues até a próxima semana, para que seja possível dar andamento ao processo de inegibilidade e formalizar um novo contrato”.
“Com toda a documentação em dia, poderemos celebrar esse contrato por mais um período. Mas é preciso resgatar a confiança da população. Durante a campanha, senti o quanto o hospital vem sendo criticado e por isto precisamos mudar isso com os serviços prestados de forma transparente e eficiente”, concluiu.