CUIABÁ
Pesquisar
Close this search box.

POLÍTICA MT

Comunicação retrô: Prefeitura de Rosário Oeste investe em rádios e ignora tecnologia digital

Published

on

Enquanto o mundo evolui, Rosário Oeste parece regredir: comunicação institucional à base de rádio na cintura e colete tático. E tem nota de empenho comprovando.

O Site Notícias Nobre, em uma rápida consulta ao Portal Transparência da Prefeitura de Rosário Oeste, descobriu que só em 2025 foram empenhados R$ 5.570,00 para a compra de rádios comunicadores e acessórios — todos destinados à Assessoria de Comunicação.

Enquanto outros municípios modernizam seus canais com plataformas digitais, aplicativos, redes sociais e sistemas de gestão online, em Rosário Oeste o prefeito Mariano Balabam optou por um estilo nostálgico (para não dizer antiquado): rádio comunicador na cintura ou em cima da mesa de reuniões, como nos bons tempos dos anos 90. E essa não é uma figura de linguagem — é a realidade visível em registros fotográficos de reuniões oficiais.

 

Veja os detalhes das aquisições:

Processo nº 00000238/2025 (22/05/2025):

R$ 2.245,00 para compra de 8 rádios comunicadores e acessórios para criação de vídeos institucionais.

Processo nº 00000327/2025 (04/07/2025):

R$ 3.325,00 para compra de 10 rádios, 1 adaptador OTG, 1 mochila fotográfica impermeável e 1 colete tático.

Total: R$ 5.570,00 em equipamentos de comunicação por rádio, sem qualquer investimento em computadores, notebooks ou equipamentos modernos de mídia.

Leia Também:  Mulher é atacada por cachorros soltos em Nobres  

 

E aí entra a dúvida que ecoa no ar (ou no canal de frequência): por que tanto rádio para a Assessoria de Comunicação?

Pelotão de mídia ou esquadrão de operações especiais?

A descrição dos materiais levanta suspeitas legítimas. Afinal, colete tático e mochila à prova d’água para quem trabalha com imprensa? Parece até que o prefeito quer montar um grupamento especial de elite: o “BOPE da Comunicação”, com rádios na mão e discursos engatilhados.

Para completar o “resgate ao passado”, só falta agora o prefeito Balabam determinar a compra de máquinas de datilografia no lugar de computadores e a aquisição de cavalos para substituir os veículos da frota municipal. Porque, convenhamos, o próximo passo lógico é abolir a internet e convocar os pombos-correio.

E já que o assunto é rádio, vale lembrar dos famosos “Códigos Q”, muito usados por forças de segurança — especialmente pela Polícia Militar — para facilitar a comunicação entre viaturas e centrais.

 

Veja alguns exemplos desses códigos usados para encurtar conversas:

QAP: “Na escuta?”

QSL: “Entendido”

QTH: “Localização”

QRT: “Encerrar transmissão”

QRU: “Tem algo para mim?”

Leia Também:  Cuiabá começa vacinação contra o coronavírus para crianças de 6 meses a menores de 3 anos com comorbidades

QRM: “Interferência de outras estações”

QRV: “À disposição”

QRX: “Aguarde”

Com tantos rádios espalhados na estrutura da prefeitura, fica a dúvida se os servidores já estão treinados para usar essa linguagem ou se a população vai continuar ouvindo apenas QRM — a boa e velha interferência.

Em plena era dos aplicativos e do 5G, Balabam é flagrado em reuniões oficiais (veja foto acima) com um rádio HT em cima da mesa — nada de WhatsApp ou Telegram. A justificativa? Ele não tem WhatsApp! Isso mesmo. O prefeito se comunica com sua equipe por rádio. E não é só ele. Agora, a Comunicação oficial também fará o uso de rádio HT

Em tempos de crise, com ruas esburacadas, saúde fragilizada e pedidos por mais transparência, a população esperava por investimentos em comunicação moderna — e não por uma revoada retrô movida a ondas curtas. E mais: o segundo processo ainda não foi pago, mas já consta como empenhado — ou seja, reservado para pagamento. Está no sistema. Está documentado.

Pergunta que não quer calar: alguém da prefeitura está na escuta ou só tem barulho na linha? QAP?

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

POLÍTICA MT

CCJR reduz margem de remanejamento do governo de 20% para 5%

Published

on

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, durante reunião nesta terça-feira (18), parecer favorável à Emenda 3, apresentada ao Projeto de Lei Orçamentária Anual de (PLOA) 2026, que reduz de 20% para 5% o limite para abertura de créditos suplementares pelo Poder Executivo.

A reunião, realizada na Sala das Comissões Deputada Sarita Baracat, analisou 45 itens da pauta e acatou a emenda de autoria da CCJR e elaborada em conjunto com a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO). Foram rejeitadas as emendas 1 e 2.

A emenda 3 altera o artigo 4º do PLOA, estabelecendo que o Poder Executivo fica autorizado a abrir créditos suplementares até o limite de 5% da despesa total fixada no artigo 3º, observando o disposto no artigo 43 da Lei Federal nº 4.320/1964.

O presidente da CCJR, deputado Eduardo Botelho (União), destacou a celeridade dos trabalhos e frisou sobre a tramitação do PLOA, que, segundo ele, deverá receber aproximadamente 500 emendas parlamentares.

Leia Também:  Deputado Fabinho propõe fim do limite de idade em concursos da Polícia Civil de MT

“Agora os deputados vão incluir as emendas, vai ter outra audiência pública da comissão de orçamento, para posterior votação na comissão de orçamento. E, depois com as novas emendas, o projeto retorna para a CCJR. Esse é o trâmite natural da lei orçamentária para o ano que vem. É uma lei muito discutida porque é onde estão os recursos do governo, todo recurso público aplicado”, afirmou.

Ao detalhar o parecer favorável à Emenda 3, Botelho ressaltou a importância de reduzir o limite de remanejamento orçamentário previsto originalmente pelo Executivo. Segundo ele, essa emenda apenas altera a proposta do governo que previa uma liberdade orçamentária de 20%.

“Estamos reduzindo para 5%, visto que já tem 10% da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], que ele pode fazer remanejamento, e 5% para arrecadação extra. Então, como o governo disse que a arrecadação está bem planejada, cinco por cento, para quem planeja bem, está muito coerente. O que o Estado mandou daria algo em torno de 30%. Evidentemente, podemos fazer novas discussões na comissão de orçamento. Mas estamos começando com algo em torno de 15%, considerando remanejamento e arrecadação extra. Se a arrecadação ficar acima de 5%, ele terá que mandar para a Assembleia novamente”, explicou Botelho.

Leia Também:  Sine disponibiliza 2 mil vagas de emprego em Mato Grosso nesta semana

O parlamentar reforçou que a redução traz mais precisão ao planejamento orçamentário. “Porque acho 30% ou 20% muito grande. É uma margem de erro muito alta, ninguém trabalha com um orçamento desses. Então, acredito que cinco por cento é um número bem aceitável”, acrescentou o deputado.

Segundo ele, a votação do PLOA deverá ocorrer em plenário na próxima semana. Após a primeira votação, abre-se o prazo para apresentação de emendas parlamentares, antes do retorno à CCJR para nova análise.

Participaram da reunião os deputados Diego Guimarães (Republicanos), Janaina Riva (MDB) e Fábio Tardin (PSB). O deputado Sebastião Rezende (União) acompanhou os trabalhos de forma remota.

Fonte: ALMT – MT

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA